7 de Novembro, Quarta |
Tive um dia um bocado estupidificante.
O trabalho foi só tarefas repetitivas e chatas, o que até nem é muito mau de vez em quando, mas acaba por ser mais cansativo porque é só concentração e nada de lógica como é, por exemplo, fazer html em que precisamos de estar constantemente a pensar em como é que as peças vão encaixar. Em vez disso, recortei o fundo a uma série de imagens e fiz listagens...
Saí duas vezes - uma à hora de almoço e outra às seis da tarde - para tentar comprar desmaquilhante para os olhos. Não consegui encontrar! Se não for no Jumbo ou semelhante não há. É um produto demasiado sofisticado para esta zona da cidade que é composta, principalmente, por pessoas acima dos 60 anos.E suponho que quando estas mulheres tinham 20 anos, pintar os olhos era uma coisa que só as prostitutas é que faziam...
Pelo menos saí de casa. Suponho que tenho que ver as coisas assim...
Tive a primeira tentação deste ano de ir montar a árvore de Natal. Considerandio que já tenho dois presentes, é capaz de nem ser má ideia. Apesar de tudo, já faltam menos de dois meses e é sempre a mesma coisa. Quando uma pessoa se omeça a habituar à ideia, já acabou.
Eu tenho sempre o problema do costume com o Natal - como é que divido o tempo entre a minha família e a do pedro?
Para ser muito sincera, o Natal com a família do Pedro é muito mais divertido. Como não são religiosos, estão-se completamente nas tintas para as tradições. Não há nada daquela comida horrorosa que as pessoas têm a mania de fazer nestas alturas e o objectivo é, basicamente, encher a casa de prendas e passar a noite a distribuir, não terminando nunca antes das duas da manhã.
A minha família, pelo contrário, tem vários elementos religiosos - nomeadamente a minha avó e a minha tia - que quewrem ir à missa à meia noite e a comida, apesar de boa, não será a minha preferida. E depois há o ponto mais importante que é o facto de eu não ter muito em comum com a minha família. A minha Tia Isabel era a pessoa com quem eu me dava melhor, mas ultimamente tem-se afastado e já não é tão fácil falar com ela. Com as restantes pessoas é a comum conversa de circunstância.
Felizmente não é uma família horrível com toda a gente a discutir. São todos muito simpáticos e o ambiente é bastante civilizado. Mas não é aconchegante. Não me sinto inteiramente em casa nestas circunstâncias e acho que tenho que fazer um esforço maior por ser educada porque um comentário mais sarcástico não seria bem aceite, nem sequer compreendido. Mas enfim. Não é grave. É mais problemático o facto de ter que ir jantar a um sítio e depois ter que me meter no carro para ir terminar a noite noutro lado. É cansativo mão não vejo outra solução sem ofender alguém.
O que é uma chatice porque o Natal deixa de ser divertido para passar a ser uma obrigação. Aliás, a técnica é sempre essa. É o 'não, tu fazes o que quiseres! Mas depois quando morrermos todos vais-te arrepender.'.
O Pedro chegou com uma grande vontade de ir jantar fora e fomos ao chinês. |
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