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diário :: Julho 2003
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1 de Julho, terça
Acordei às duas e meia com a vizinha de cima a andar de saltos altos, a ir à casa de banho, a tirar os sapatos - ploc, ploc - enfim. Nada como o bom isolamento sonoro.

Depois acordei novamente às dez para as seis com o Pedro a chamar-me da casa de banho, com o que parece ser uma intoxicação alimentar.
Fui buscar-lhe água e tive algumas dificuldades a voltar a adormecer, como se pode imaginar.
De manhã ele não estava melhor e fui fazer-lhe chá.
Depois fui aos correios e ao multibanco pagar umas contas ainda penduradas da outra casa, e comprar pãozinho para fazer umas torradas ao Pedro, que não pode comer mais nada. Tenho uma padaria mesmo ao pé de casa e ainda não tinha lá entrado.
Seguiu-se uma visita à farmácia.

À uma chegou a Augusta. Pouco depois saí e fui a pé ao escritório ver o correio e buscar os documentos da contabilidade. Estamos no fim do trimestre e tenho que terminar a organização dos papéis.
Depositei uns cheques e voltei para casa, passando novamente pela farmácia.

E com todo este exercício, não emagreço :)

O Pedro entretanto melhorou um bocadinho mas continua cheio de dores e muito cansado depois de uma noite sem dormir.
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2 de Julho, quarta
O Pedro já esteve melhor hoje e já andou por aí.
No entanto foi necessário cancelar uma reunião porque ainda não estava em condições de sair de casa.

Durante a tarde apareceram os técnicos do gás. Vinham, muito optimisticamente, prontos para começar o trabalho, mas quando chegaram já não se lembravam de nada e faltava material.

Ainda estiveram montes de tempo a tentar tirar um dos armários para se conseguir aceder à canalização que vem do chão, mas não deu e vai ser preciso cortar o armário.
Ou seja, voltam amanhã.

Ao fim do dia fui deitar fora o lixo e no caminho de volta encontrei o Luís e respectiva família. O Luís é um amigo do pai que também já foi meu colega quando dei aulas na Anselmo, e que agora é meu vizinho. É também o responsável pelas marteladas que se ouvem no prédio há dois dias, porque tem a casa em obras. Mas é lá para baixo e o barulho não incomoda muito, a menos que tente dormir a meio do dia, o que é raro.

Por volta das onze e meia fui-me deitar e estive a ver o DaVinci na cama. Esta ideia de por a tv no quarto temporariamente nem foi muito má mas estava tão cansada que só queria mesmo era dormir.
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3 de Julho, quinta
Levantei-me às nove e esperei pelos técnicos do gás.
Se tudo correr bem vamos finalmente ficar com o problema resolvido.
Chegaram às nove e um quarto - 4 pessoas em vez de duas - cortaram-nos o gás e começaram a cortar o armário para poderem chegar ao tubo que sai do chão.
Tiraram o forno para poderem desligar o tubo da placa, que passa por trás, and we're off!

Agora só não sei se fica pronto hoje, mas duvido um bocado.

Amanhã é o meu quinto aniversário de casamento, pelo que decidi que não trabalho. Mas estou mesmo a ver que vou passar o dia com a casa invadida...

... Afinal acabaram por se despachar depressa. Em duas horas estava tudo pronto. Já se estavam a esquecer da saída do esqentador, que acabou por ficar para outro dia, mas a canalização está tratada. Agora falta tapar o buraco.

Ao fim do dia fomos ter com a minha mãe ao consultório para ver como estão os nossos olhinhos. Estamos na mesma mas eu tenho uma alergia, e era isso que me estava a fazer ver mal.
Tenho que ir finalmente mandar fazer lentes novas para os óculos por causa destas coisas. Ando a adiar há dois anos...

Depois ainda fomos às compras porque precisamos de mantimentos para a viagem de amanhã.
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4 de Julho, sexta
Faz hoje 5 anos que me casei com o Pedro.
Mas como começámos a namorar em 89, estes cinco anos são um bocado mais no papel que na realidade.
Por outro lado, 98 foi o ano em que começámos efectivamente a viver juntos, o que sempre faz alguma diferença, por isso...

Às dez da manhã começámos a viagem em direcção ao alentejo. Ainda parámos no caminho para nos encontrar com a minha mãe que nos veio entregar uma das chaves.
Chegámos à casa por volta do meio dia. Cheios de fome, claro.
Comemos rapidamente e fomos apanhar sol.

Eu estava tão cansada que depois de ler um bocado, adormeci. Felizmente que o sol já não estava muito forte por essa altura.
De qualquer forma, nas zonas críticas uso sempre o protector 24, por isso não seria muito grave.
A água da piscina estava a 22 graus, o que não deixa de ser um bocado fresco para quem está cá fora com 30. Mas até ao umbigo entra-se bem :)
Fiquei ao sol até às sete e meia, hora em que começou a ficar frio.

Jantámos e revimos o In & Out (os meus pais levaram todas as minhas antigas cassetes de filmes para lá).

Enfim. Foi um dia calmo e a mudança faz sempre bem. Pelo menos deu para descansar.
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5 de Julho, sábado
Dormi bem mas a cama é um autentico pântano - tem um colchão de espuma super mole em cima de outro de molas, por isso afunda imenso. É mesmo para dar cabo das costas a uma pessoa. Não sei como é que os meus pais aguentam.

Passei mais um dia à beira da piscina, a ler. De vez em quando ia molhar as perninhas para arrefecer e voltava. Só consegui entrar até ao pescoço duas vezes. E foi preciso tempo e paciência. Mas depois do choque estava-se bem.

Ao fim do dia arrumámos tudo e regressámos a casa.
Tive logo uma sessão de festas aos gatos assim que cheguei. Estive sentada no chão do hall enquanto os bichos cheiravam e se esfregavam nos meus sapatos e nos sacos.

Fomos comer e ver um episódio do DaVinci que eu deixei a gravar.
Esta série está a tornar-se um vicio. Dá todos os dias, apesar de ser a horas que não dão jeito nenhum, e cobre um bocado a falta da Buffy, uma vez que as duas séries que me faltavam foram açambarcadas pelos correios. E os sacanas ainda não disseram rigorosamente nada sobre o assunto. Já reclamámos há duas semanas.
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6 de Julho, domingo
Hoje fiquei em casa. Estive um bocado aborrecida, com as tarefas domésticas do costume - lavar e dobrar roupa, etc.
Vi o Pride and Prejudice pela vigesima vez. Às oito da noite estava farta de existir, quanto mais estar ali sentada.

Fomos ao fòrum. Comprei albuns de fotos e um DVD ao vivo dos Monty Python.
No entanto acho que não estava propriamente em modo de gastar dinheiro. Não fiquei particularmente mais feliz.

Ando a tentar decidir o que fazer a seguir. Já mudei de casa, que era o grande projecto, e agora anda toda a gente a fazer pressão para eu ter um miúdo e continuo a achar que isso é a última coisa que quero.
Se o Pedro fosse capaz de me dizer com certeza absoluta que é isso que ele quer, eu não era capaz de lhe negar isso. Mas a única coisa que ele diz é que tem medo de se arrepender se não o fizer. O que não ajuda.

Também acho que não tenho o emprego certo para a minha personalidade. Eu deveria ter sido secretária ou psicologa. Qualquer coisa que apelasse um pouco mais para a minha capacidade de organização.
Acho que acabei no curso que tirei porque, por um lado fui empurrada pelo meu pai, numa altura em que eu não sabia o que queria - ele só me dizia 'primeiro tiras o curso e depois podes fazer o que quiseres' o que é completamente treta. - e por outro não sabia muito bem o que aquilo ia dar. Gostava muito de fotografia mas não havia cursos superiores de fotografia, por isso não fazia diferença. E pronto, fui em frente.
Não posso dizer que me arrependa mas nunca senti que tivesse grande vocação. No entanto tenho plena consciência de que sei o que estou a fazer. Tenho noções de equilibrio, cor, composição. Todas essas coisas necessárias a uma construção gráfica interessante. Mas irrita-me o facto de trabalhar numa àrea subjectiva. Por bem ou mal que faça o meu trabalho, há sempre uma componente de gosto pessoal. E se eu não consigo fazer algo que não gosto, o cliente também pode não gostar do que eu faço. Não acontece muitas vezes, mas acontece. E essa sensação que fazer uma proposta que me parece ser adequada à image do cliente mas sempre com a sensação de que é um tiro no escuro, perturba-me.
Gosto de certezas e sou um bocado control freak. Não é a personalidade adequada a uma coisa tão variável.
Mas não faço ideia sobre o que mais poderia fazer. Aceitam-se sugestões.
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7 de Julho, segunda
Voltámos finalmente ao escritório, depois da complicação que foi a semana passada.
Passei a manhã de volta dos papéis. De tarde fiz umas animações para a Singer.

Fui também fazer cópias das chaves de Melides, para ficar finalmente com uma, e por lentes novas dos óculos. Foi bastante mais caro do que estava à espera. Nunca paguei tanto pelo conjunto óculos/lentes, e tenho uns Armani, quanto mais só pelas lentes. É isso. tenho que abrir uma óptica. Pelos vistos dá dinheiro.

Entretanto o Pedro teve que ir urgentemente para casa porque ligaram os tipos do gás que foram lá fazer o furo na chaminé e ligar o tubo de saída do esquentador.
A corrida continua...
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8 de Julho, terça
Fomos acordados às sete e meia pelo Sr. Arlindo a perguntar se podiam vir finalmente terminar a obra hoje. O Pedro ainda disse que temos uma reunião mas vieram à mesma.

Às dez fomos para Lisboa, à reunião. Demorou cerca de hora e meia, o que me parece excessivo para a simplicidade da coisa, mas é mesmo assim. Os portugueses gostam muito de reuniões pouco estruturadas.
De qualquer forma voltei com trabalho para avançar e espero que isto não se arraste muito mais tempo. Especialmente porque desde que comecei este site já fiz outro inteiro.

Cheguei a casa esfomeada. A obra estava efectivamente acabada e parece que ficou tudo muito direitinho.
Almocei e às duas apareceu a Augusta - mesmo a tempo de limpar a nojeira que a casa fica depois destas coisas.

De tarde estive a fazer alterações a maquetes mas estou a morrer de sono.

Ser acordada duas horas antes do que previa não funciona comigo. Se há uma coisa que não me podem tirar é o soninho. Gosto mesmo de dormir :)
Sou uma daquelas pessoas que nunca seria capaz de falar em 'noitadas' com orgulho. Uma das coisas que nunca compreendi nos meus colegas de faculdade.
Dormir é o meu anti-depressivo. É a altura em que está tudo bem.
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11 de Julho, sexta
As sextas feiras são geralmente dias de trabalho intenso e hoje não foi excepção. Chegaram finalmente os textos e imagens para o site que estou a fazer, o que quer dizer que passei o dia a colocar conteúdo no html.

Ainda falta a tradução para inglês e francês, que deve ser mais um dia, mas já não falta muito.

Ao fim do dia vi mais um episódio do DaVinci.

Passou mais uma semana e nada de novidades sobre a nossa encomenda. Acabámos por ter que escrever à Blackstar porque os estúpidos dos CTT acham que têm de fazer uma 'investigação internacional' apesar do pacote ter efectivamente chegado a Portugal. É mesmo andar a negar culpa até ao fim. Vai a Blackstar ter que fazer uma queixa contra os CTT para ver se resolve isto.
No meio disto tudo, estou há um mês à espera de um pacote que nunca vai chegar mas que com tanta confusão ainda não consegui decidir se reencomendo ou não.
Não confio nos correios, porque acredito sinceramente que há um gajo a roubar as coisas, e o único outro serviço de entregas que eles usam é o DHL que é super caro.
Porque é que há sempre um verme qualquer a estragar-me a vida?

E ainda por cima agora, que eu até queria encomendar um DVD para oferecer à Carla que faz anos brevemente. Nem sei se me atrevo.
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12 de Julho, sábado
Começámos o dia a mudar o escritório de sítio. Basicamente quis ter o computador ao pé do piano para ser mais facil gravar.
Desde que me mudei ainda não consegui avançar nada nas músicas, o que é frustrante porque tenho sete já bastante avançadas - uma delas apenas à espera da voz.
Assim posso ter tudo ligado e tenho espaço para me mexer, o que também dá um certo apoio moral.

O resto da tarde foi passado a reinstalar o Sims mas o raio do jogo continua a crashar sem motivo. Acho que desta vez desisto.
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13 de Julho, domingo
Passei o dia muito em baixo. Sentia-me extraordinariamente vulnerável e não me apetecia ter que ver ou falar com ninguém.
Tomei um longo banho, mas não fez grande diferença.
Há dias assim, infelizmente. Tento pensar que amanhã, em princípio, já estou melhor.

Ao fim do dia, quando já me sentia um pouco mais confiante, estive a tocar com o Pedro. Ou melhor, a cantar enquanto ele tocava. Experimentámos uma música nova chamada Another Day, escrita por um senhor chamado Roy Harper e da qual conhecia apenas uma versão muito bonita dos This Mortal Coil.
O único problema é que é uma música bastante melancólica. Não é o ideal para o meu estado de espírito actual.
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14 de Julho, segunda
Acordei bastante deprimida. As razões, se existem, não são coisas de que me apeteça falar. Acima de tudo acho que criei, ao longo dos anos, demasiadas barreiras para me proteger do mundo e por vezes acabo por me sentir extraordinariamente sozinha, mesmo quando rodeada por pessoas.
Atirei-me ao trabalho e senti-me um bocadinho melhor ao fim de umas horas. De vez em quando voltava ao mesmo mas a concentração em algo ajuda imenso.

O que não ajudou foi falar em férias. Se não vou a lado nenhum, é muito deprimente. Ficar em casa dias seguidos sem nada para fazer é mais do que aguento.
Vou ter que combater a tendência normal para a inactividade e obrigar-me a arranjar coisas para fazer fora de casa.

Ao fim do dia já me sentia melhor.
Quando o mal-estar vem do exterior - problemas no trabalho, etc. - sinto-me pior ao fim do dia. Mas quando é interior, estou mesmo mal é de manhã, quando acordo.
Acho que apesar de tudo prefiro os outros. Pelo menos sei que posso ir dormir e no dia seguinte já estou melhor.
Assim, não há nada a fazer a não ser irritar-me comigo.
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15 de Julho, terça
Acordei irritada. É melhor que deprimida, mas não muito.
Estou furiosa com a incompetência dos correios e farta de estar à espera.
Resolvi reencomendar os DVDs mas com entrega por estafeta. Só o que aquilo custa dava para comprar mais 3 filmes, mas pelo menos está cá amanhã.

Passei grande parte do dia a traduzir o site da Viva para Português. Ficou feito. Agora só falta o cliente verificar tudo antes de colocar online.

E resolvemos tirar férias em Agosto. Se tudo correr bem, será o mês todo.

À noite o Pedro foi para o Kung-Fu e eu resolvi gravar umas músicas novas de que tinha apenas apontamentos no gravadorzinho de mão.
Lutei durante duas horas com os programas, até conseguir gravar alguma coisa mas depois estive a trabalhar naquilo até perto da meia noite e meia.
Na verdade não me apetecia largar, mas estava tão cansada que teve que ser.
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16 de Julho, quarta
De manhã estive a falar com o Cornflake Boy por ICQ. Tenho que lhe dar os parabéns (ele sabe porquê). Espero que corra tudo normalmente.

Eu sempre tive um bocado de aversão a dar o ICQ às pessoas porque não gosto de surpresas. Mas achei que estava na altura de começar a deixar de ser tão anti-social, até à distância. Desde que os clientes não tenham o meu ICQ, tudo bem :)

Fomos almoçar com o meu irmão e o Tony, a um restaurante italiano no Pragal.
A conversa foi animada e fiquei com a função de distribuir mais um CD. Como é que a conversa chegou ali? Sei que a culpa foi minha, mas não foi de propósito.

Passámos no escritório para ver a correspondência e ir buscar material para um mailing.
Acabei por não conseguir começar porque o cliente não responde ao mail e preciso que me enviem o texto final e uma foto. Sem isso não há grande coisa a fazer.

Ao fim da tarde o Pedro foi para casa dos pais - mais um capítulo na novela do plasma, que desta vez parece que vai mesmo para trás.
Eu aproveitei para continuar as músicas de ontem. Ficaram prontas para a fase seguinte. O que quer dizer que tenho nove e mais uma a meio. Not bad.

Quando fiquei cansada fui ler para a cama, com dois gatos. Não se consegue fazer nada sozinho nesta casa :)
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17 de Julho, quinta
Li o diário da Marciana e fiquei chocada.
Custa a acreditar que seja possível, mas infelizmente é mais comum do que se possa pensar.
Espero que ela recupere depressa e que apanhem o tipo.

Mas é incrível a quantidade de histórias semelhantes. Conheço várias, de pessoas próximas. Nunca chegaram àquele ponto porque as pessoas tiveram forma de escapar, mas poderiam ter tido o mesmo fim.

As pessoas ao volante são loucas. Até eu seria. Acho que é uma das razões por que não conduzo. Não confiaria em mim mesma.
Aparentemente, o facto de não vermos a cara das pessoas que conduzem os outros carros, impedindo-nos de receber os pequenos sinais de desculpa, etc, é o que transforma qualquer pessoa normal num psicopata.
Os que têm mais tendência natural para a explosão tornam-se efectivamente perigosos. Os carros transformam-se em tanques e começa a guerra.
Mas para chegar ao ponto de sair do carro e agredir alguém, é preciso ser muito estúpido.
Mais uma prova de que a evolução não é igual para toda a gente e alguns espécimes ainda precisam de descer das árvores.

Durante a tarde fiz uns quantos templates. Não foi complicado ams é um daqueles sites em que preciso de pensar nos pormenorzinhos todos porque aquilo vai ter uma programação complexa e tem de funcionar bem. Se me esqueço do sítio onde é suposto entrar a mensagem de erro, ou qualquer coisa desse estilo, está tudo estragado.

O dia foi todo preenchido com pequenas coisas irritantes - a segunda série da Buffy voltou de casa do meu irmão sem os parafusos que fecham aquilo, o que quer dizer que se desfaz tudo quando abre. Telefonei-lhe e ele nem se lembrava se já estava assim ou não. Pelos vistos há pessoas que não se preocupam muito com esse tipo de coisas...
Depois a nova encomenda da Blackstar está super atrasada - não têm um dos DVDs e o mail está com 19 horas de espera até ser respondido. O que quer dizer que uma coisa que estaria cá amanhã passa a ter dia de entrega duvidoso. Talvez para a semana, com sorte.
Enfim, foi um dia cheio de coisinhas destas.

Fartei-me de estar em casa e resolvi ir ao cinema.
Fomos ver o Hulk. Gostei do filme. A primeira meia hora é dedicada ao crescimento da criança, a segunda meia hora ao trabalho do personagem até ao acidente. Depois disso temos mais uma hora e tal de boneco, explosões e tiros.
Não percebo como é que alguém se pode queixar que o boneco demora muito tempo a aparecer. Só porque se deram ao trabalho de contar efectivamente a história em vez de ter apenas duas horas de tiros e explosões? Uma não chega?
Acho que as pessoas já estão demasiado brainwashed pela porcaria que costuma sair dos estúdios de Hollywood para conseguir apreciar um filme de acção bem feito e equilibrado.
A realização está muito gira e a introdução dos 'quadradinhos' lembra-nos constantemente que é um filme, não sendo, portanto, para ser tomado demasiado a sério, e dando-nos autorização para rir nas partes certas, devido ao exagero e ao lado cartoonico da coisa.
A única parte que não achei bem resolvida foi a luta final entre pai e filho. Não dá efectivamente um final à questão e não passa de um showcase de efeitos especiais sem grande sentido. Mas enfim. Também não dura muito tempo.
O que me faz confusão nestes filmes é sempre a estupidez dos militares. Já usaram o arsenal todo e continuam a disparar. Será possível ser assim tão estúpido?
E nunca acho piada às partes de testes em animais. Mas a culpa é menos do filme e mais do facto de se fazerem efectivamente testes. Só que dá-me sempre um bocado de volta ao estômago.

Quando voltei para casa estava cheia de fome. O Pedro preparou-me uma tijela de cereais mas o leite estava azedo. Nada como mais uma pequena irritação para terminar o dia.
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18 de Julho, sexta
Como sempre, às sextas feiras, chegou finalmente o trabalho de que andava à espera.
Depois do almoço fui aos correios enviar a papelada da contabilidade do trimestre para o contabilista.
Como sempre, espero a minha vez, peço os envelopes e o papel do registo e afasto-me para as outras pessoas poderem ser atendidas enquanto estou a preencher.

Mas como não paguei os envelopes, tenho que me dirigir ao mesmo balcão para entregar as coisas e enviar. Quando até nem está muita gente, acabo por voltar para a fila e esperar a vez novamente. Não precisava, mas costumo fazer.

Só que desta vez estavam umas vinte pessoas até à porta, e como é uma coisa rapida, voltei para o balcão, esperei que a pessoa que estava a ser atendida se despachasse e disse à senhora 'pronto, já está tudo preenchido'. Ela pesou, colocou a etqueta, paguei e pronto. Nem demorou dois minutos.

Mas a tipa que ia ser atendida a seguir começou a mandar vir, assim a falar para o ar, ser coragem de olhar nos olhos 'pois, esta foi para ali e agora mete-se à frente'.
E depois desatou a dizer mal do serviço e a dizer que tinha um bebé no carro a apanhar sol, bla, bla, bla. Uma das outras senhoras fartou-se da conversa e atendeu-a.

Ela saiu ao mesmo tempo que eu, mais ou menos, mas a pressa parece ter desaparecido de repente, porque ficou nas escadas que dão acesso à unica saída, bloqueando assim a porta, na conversa com um tipo que encontrou entretanto. Ou seja, o bebé no carro já não a estava a preocupar assim tanto agora que já não estava à espera. Grande vaca!

Este é um bom exemplo daquelas mulheres que já são velhas antes dos 40. As atitudes típicas do 'how to irritate people' do John Cleese estão todas lá.

Às vezes tenho pena de não me apetecer armar em peixeira e discutir com estas pessoas.
Acho que daqui para a frente vou ficar no balcão a preencher os papeis e quem vier atrás, que espere. Também tive que esperar a minha vez e não saio enquanto não acabar o que fui lá fazer.

Ainda ia às compras mas acabei por vir para casa arrefecer um bocado primeiro.

Depois saí novamente e fui às compras. Primeiro aqui perto e depois ao fórum, para as coisas que não consegui encontrar.
Comprei uns sapatos confortáveis e uma saia de ganga.
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19 de Julho, sábado
Estava muito cansada. Passei grande parte do dia a ler.

À noite tive uma discussão com o Pedro. Começou com uma coisa relativamente pequena - a mania que ele tem em virar as costas e ir fazer outra coisa enquanto eu ainda estou a falar, que considero uma grande falta de respeito e que ele acha normal.
Acabámos por ficar a falar até às 3 e meia sobre uma série do coisas. Sempre é preferível do que deixar as coisas acumular.
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20 de Julho, domingo
Acabei de ler o último livro da Ruth Rendell que tenho em casa. E é praticamente impossível comprar mais - até na Amazon demoram 3 a 5 semanas a enviar.

À tarde montámos as consolas na sala. Já há espaço no armário e estavam para ali guardadas em caixas, quando até pode apetecer jogar de vez em quando.
Estive a experimentar um jogo tipo tetris.

À noite estava toda lançada para ver mais um episódio da série Midsummer Murders mas não deu.

Comecei a ler o Smoke and Mirrors do Neil Gaiman. É uma colecção de contos.
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21 de Julho, segunda
O que dizer de mais um dia de trabalho? São sempre iguais, mais ou menos.
A meio da tarde fomos ao escritório. Aproveitei para organizar os papeis e regar a planta.

E quando acabei fui finalmente marcar a consulta de ginecologia que ando a adiar à meses. Mas a citologia é importante, dentro do nunca se sabe, por isso ganhei coragem e fui.
Marcaram para amanhã. É estranho. Costuma demorar mais tempo. Deve ser da altura do ano.

À noite li mais um conto do Neil Gaiman de que gostei muito. Chama-se Chivalry e é sobre uma senhora que encontra o Holy Grail debaixo de um casaco de peles, numa loja de coisas em segunda mão :)
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22 de Julho, terça
Tive uns sonhos estranhos e acordei muito nervosa. Não que tenha alguma razão para isso mas passei toda a manhã bastante descontrolada e com muitas dificuldades de concentração.
Também não conseguia comer. Nem sequer engolir o iogurte líquido do costume.

Por volta da uma e meia estava um bocadinho melhor, depois de me ter obrigado a trabalhar, mas a maquete que queria ver acabada hoje não está ainda nada de jeito.

Os gatos também não ajudaram nada. A Scully insiste em entornar a tijela da água para ver por onde é que escorre e o Jones diverte-se a brincar dentro de um saco de papel, fazendo uma barulheira tremenda.
O que vale é que 2 dos 4 gatos já não têm idade para estas coisas e limitam-se a dormir.

Sinceramente, não sei o que se passa comigo ultimamente. Não posso dizer que alguma vez tenha sido uma pessoa calma, mas quando há alguma coisa que me irrite, grito um bocado e passa. Ultimamente ando diferente. Não saber o que me está a afectar é incomum. Será que apesar de todos os esforços ando a acumular questões que preciso de resolver? Parece que sim.

E acho que preciso de férias. Preciso de tempo longe destas irritaçõezinhas do dia a dia que me ocupam o cérebro e me impedem de focar no que está mal.
Os dias são todos iguais e não sinto que haja uma altura no dia em que deixo de ser a pessoa que resolve problemas e passo a ser simplesmente a pessoa.

Chego a um ponto em que, quando recebo um mail de um cliente a dizer que quer marcar uma reunião, só me apetece voltar para a cama e não me levantar mais.
Não porque me preocupe a reunião mas porque é uma seca com a qual já não me apetece nem me sinto capaz de lidar.

Ou seja, estou a ter reações exageradas a nada de especial.

À tarde fui à colsulta e está tudo ok mas tenho uma pequena lesão no colo do útero.
Fui entregar a amostra para a citologia na clínica onde a minha mãe trabalha, o que implicou visita ao multibanco - o raio das clínicas nunca têm multibanco. Não percebo porquê, não é como se aquilo fosse baratinho e bastasse andar com uns trocos no bolso.
Acho que é o costume - têm de pagar uma percentagem e isso come-lhes os lucros.

Depois fui ter ao escritório da Nitro onde, para variar, estava toda a gente. Já não via a Patrícia há 6 meses.
Fomos para casa e telefonei à minha mãe para tirar umas dúvidas sobre a consulta.
Tive que voltar à clínica para entregar mais um papel que aparentemente era importante.

À noite dobrei roupa, vi um episódio do Midsomer Murders em que a primeira vítima era o elfo do Lord of the Rings - Orlando Bloom. Achei piada. Mais tarde o Chief Inspector Barnaby e o Sargent Troy visitam uma casa chamada Lothlorien e começam uma conversa sobre quem leu o livro. Achei uma coincidência interessante. A série é de 1997, muito antes do filme.
Sempre me perguntei quem é que olhou para este tipo e achou que ele dava um bom elfo?
Realmente funciona, mas visto o actor na sua foma natural, não me parece uma escolha obvia.
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23 de Julho, quarta
Hoje sinto-me melhor, o que foi bastante ajudado pelo facto de ter chegado uma encomenda da Amazon (um caixote, daqueles que não deve dar jeito meter no bolso ao ladrão dos correios) com mais uns livrinhos da Ruth Rendell, o Get Fuzzy 3 e um curso de alemão para o Pedro.
Mais tarde o Pedro disse-me que o pacote da Blackstar que vai substituir o que desapareceu também já vem a caminho, mas desta vez por DHL, por isso deve chegar amanhã.

Ao fim do dia os meus pais vieram visitar-nos e depois vimos mais um episódio do Fawlty Towers e do Davinci.
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24 de Julho, quinta
O dia foi um bocado confuso e stressante.
Logo de manhã vieram entregar a encomenda da Blackstar - finalmente!
Logo depois chegou o representante da Regiclima que, em princípio, nos vai instalar o ar condicionado.
Disse que dava para montar, apesar dos armários, e ficou de mandar um orçamento final.

Enquanto ainda estavamos a tratar disso, telefonou um cliente a quem tive que ligar depois. Fiquei um bom bocado a ouvir a lista de alterações ao html - daquelas coisas pequeninas, tipo 'a imagem tal com menos cor', mas uma série delas.

Enquanto ainda estava ao telefone, chegou o portátil.
Sim, o Pedro comprou um portátil - um mac, ainda por cima! Mas, desde que aquilo mudou de sistema operativo, os cromos de Unix e tal, renderam-se todos ao mac.
Pelo menos é uma forma de deixar de ter windows.
Mas custa-me um bocado abdicar dos jogos e de uma série de programas de gravação de som a que já estou habituada para me render facilmente.
Só que, realmente, um computador bom (apesar de ter pouca memória, aparentemente) por 1000 euros, vale a pena. Os PCs são geralmente mais caros e têm sempre umas placas muito duvidosas lá no meio.

Durante a minha hora de almoço e até às 3 e meia, estive a fazer as alterações pedidas pelo cliente.
Por volta das cinco, depois de revistas, já tinha mais alterações a fazer.

Entretanto foram entregar a nova TV dos meus sogros - para substituir a Samsung que tinha o som dessicronizado da imagem e as colunas erradas, e que a assistência técnica da Samsung não quis saber. O Pedro foi lá ver aquilo.
Eu fiquei a ver uma adaptação televisiva do Feast of All Saints da Anne Rice, que tinha gravado anteriormente. Não é brilhante, mas pelo menos é relativamente fiel à história. De tal forma que reconheci o que era assim que liguei a tv e vi um tipo negro com cabelo loiro e olhos verdes a atravessar uma sala. Não sei bem porquê, mas fiz logo a ligação.

Mais tarde, estive a experimentar o portátil que até dá mais jeito de usar do que eu pensava. E estive também a experimentar o curso de alemão, que funciona no portátil :)

Depois chegou o meu irmão que nos veio instalar o wireless. Assim podemos mesmo ir trabalhar para a sala, se nos apetecer.
Fomos jantar ao chinês e depois estive a ver os extras da 4ª série da Buffy, uma das coisas que chegou hoje.
Já tenho coisas para ver nas férias. Que bom :)
Como vamos uma semana para Melides, onde não há cabo, estamos a pensar levar o Mustek e uns dvds. Com o portátil e umas séries para ver, a piscina e uns livrinhos, acho que sou capaz de relaxar durante uma semana.
Enfim, só mais uma semana de stress, e depois estou de férias.
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25 de Julho, sexta
Mais um dia cheio de trabalho.
Terminei umas coisas de manhã, fui almoçar e por volta das 3 recebi mais uma carrada de material. Como incluía duplicação do site para outra língua, não cheguei a acabar. Mas não ficou a faltar muita coisa.

Entretanto tenho estado a forçar-me a usar a caneta da tablet. Porque usar a tablet com o rato à mesma não faz sentido nenhum. Mas custa a habituar. Em teoria seria mais simples, porque estamos habituados a usar canetas desde miúdos, mas os enganos são chatos. Há mais tendência para carregar na linha abaixo e coisas do estilo. Mas não vou desistir.

À noite vi o último DaVinci da semanae mais um episódio do Fawly Towers. Mas aquilo é tudo menos relaxante :)
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26 de Julho, sábado
Comecei a ver a série 4 da Buffy. Já vi quase tudo, quando deu na Sic Radical, mas faltavam-me os primeiros episódios e os últimos.

O meu irmão passou cá grande parte da tarde e trouxe mais uma caixa de Farscape, para desenjoar da Buffy.
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27 de Julho, domingo
Acho que entrei em modo de férias, apesar de ainda ter uma semana de trabalho pela frente.
Consegui passar um fim de semana sem fazer nada e sem me sentir culpada por isso.
Estava muito cansada e a única coisa útil que consegui fazer foi lavar a roupa da semana.
De resto passei o tempo a ler, ver a Buffy e a dormir.

O Pedro passou grande parte do tempo a brincar com o novo computador - escusado será dizer que nunca lhe vou por as unhas em cima - com a vantagem de poder estar na varanda, onde está fresquinho, e sofrer menos com o calor enquanto aguentamos os últimos dias sem ar condicionado.

Durante a tarde faltou a água porque rebentou um cano na rua.
Quando voltou finalmente, estive a cortar o cabelo ao Pedro. É preciso dar uso ao nome.
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28 de Julho, segunda
De volta ao trabalho. Custou a começar a manhã de segunda feira. Estava constantemente coma sensação que não devia estar aqui, em frente ao computador.
Mas depois passou e acabei o trabalho sem problemas. Em princípio a minha parte está feita.

Às sete fui ver o Episódio de hoje do Midsomer Murders. E nessa hora e meia consegui ser interrompida umas cinco vezes, entre telefonemas e pessoas a tocar à porta.
Não consigo ter um fim de tarde sossegado, com o meu policial, chá e scone.
Sei que a culpa não é de ninguém mas às vezes só me apetece fazer de conta que não estou cá.

À noite fui completar o meu projecto de guarda roupa. É uma coisa estúpida mas que me diverte: fotografei todas as peças de roupa, recortei e coloquei cada numa layer de photoshop. Assim posso brincar como se fosse uma daquelas bonecas de papel em que dá para mudar a roupinha. Posso arquivar fotos do que vesti num determinado dia e escolher o que vestir no dia seguinte.
Em teoria, claro, porque acabo por não ter paciência e não mexo naquilo durante meses. Mas achei piada à ideia da coisa, por muito infantil que seja.

Por volta da meia noite fui ver mais um episódio do DaVinci e terminei mais uma história do Neil Gaiman - Shoggoth's Old Peculiar.
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29 de Julho, terça
Nada de excepcional.
Está um calor fenomenal e o tipo do AC nunca mais diz nada.
Lá fora estão 38 graus, aqui dentro 28.

À noite vi finalmente uns episódios novos da Buffy e mais uma história do Midsomer Murders.
Antes de me forçar a dormir, li mais duas histórias do Neil Gaiman - Virus e Finding the Girl.

Estes dias em que não acontece nada de especial fazem-me sempre sentir que podia estar a aproveitar melhor o tempo.
É por isso que não gosto de trabalhar. O facto de ter um horário em que é preciso estar disponível, mesmo que não haja nada para fazer, impede-nos de aproveitar ao máximo as horas que passamos acordados.
E se não tenho as mesmas restrições que a maioria das pessoas, também não consigo desligar-me o suficiente, durante o horário de trabalho, para me concentrar noutras coisas. É natural. Há sempre uma parte de mim a pensar - será que chegou mail? Será que chegou trabalho?

Acho que hoje em dia ainda é estranho dizer-se que não se gosta de trabalhar. As mulheres têm acesso ao trabalho há muito pouco tempo e não há dúvida que é um direito importante. Mas trabalho não é a mesma coisa que estar a apanhar sol à beira da piscina. Dá trabalho. E por muito recompensador que seja quando, de vez em quando, se faz uma coisa que saiu exactamente como queríamos, a maior parte do tempo é uma seca, aturável exclusivamente porque preciso do dinheiro.
Às vezes considero a hipotese de ter um miúdo só porque me permite ficar 4 meses em casa. Trocar trabalho por noites sem dormir não é a solução mais inteligente à face da terra, mas são fantasias nascidas de dias particularmente frustrantes.

A única vantagem dos dias com menos trabalho é que, apesar de não conseguir fazer nada, tenho tempo para pensar no que quero fazer. E quando chega a hora posso atirar-me às tarefas.
Hoje estive a praticar as novas músicas para poder gravar com o mínimo de takes indispensável. É uma questão de ficar a conhecer as músicas melhor para a coisa sair mais naturalmente. Uma delas não está a funcionar. Vai dar o mesmo trabalho que deu a 1842 - foi a primeira a ser escrita e a última a ficar pronta.
Mas as outras estão a soar bastante bem.
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30 de Julho, quarta
O calor insuportável continua. Estou receosa pela saúde do meu computador.

A dois dias das férias, o trabalho abrandou. Agora é apenas uma questão de tirar umas dúvidas ao Nelson que pegou no html que eu estive a fazer durante as últimas semanas.

Nos intervalos comecei a arrumar coisas. Temos numa das marquises um armário que ficou dos anteriores ocupantes. Deu jeito, temporariamente, mas agora resolvi vazá-lo e aproveitar o espaço para uma secretária. A marquise é agradável e é das zonas mais frescas da casa, durante a tarde. Uma mesinha ali fora, para o portátil e para o Pedro poder pintar, era muito simpático. É o proximo projecto, depois do ar condicionado e de pintar a sala.

Ao fim do dia o Pedro foi dar comigo de joelhos no chão da casa de banho, a esfregar as juntas dos mosaicos com uma escova de dentes e lixívia.
Aquilo realmente estava muito sujo e eu tive um dos meus impulsos de limpeza. Não tenho muitos, mas quando acontecem são a fundo :)

Depois fomos à Imobiliária buscar as escrituras e o registo definitivo da casa, terminando assim a nossa relação com a Imobiliária. Correu bem, não tenho queixas.

Depois fomos tratar do ar condicionado. Acabou por ser uma perda de tempo porque o tipo esqueceu-se de nos dizer que documentos precisavam e temos que lá voltar amanhã.
Mas é natural. Nesta altura do ano e com o calor horrível que tem estado, ele está cheio de trabalho e não tem tempo para tudo. Compreende-se.
Só que nós não temos paciêcia para esperar que acabe o verão. Queremos resolver isto agora, claro.
Amanhã se verá...
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31 de Julho, quinta
Depois de uma noite mal passada por causa do calor, fomos logo de manhã entregar os restantes documentos à Regiclima e assinar os papeis do crédito.

Pouco depois ligaram a dizer o valor do seguro, um quinto do valor que pagámos para o ar condicionado da outra casa.

Durante o dia continuei a tentar resolver algumas questões do backend do site em que tenho andado a trabalhar com o Nelson.
De vez em quando tinha que desligar o computador que estava a aquecer um bocado demais. Não quero correr o risco de fritar mais nada.

Durante esse downtime resolvi pintar a sala. Sim, sou uma pessoa estranha :P
Pintei finalmente a zona que tinha sido partida por causa da obra do gás e dei uma demão final a rolo na parede verde.
Continua a ser necessário pintar o resto da sala a branco, mas ainda não tenho a tinta para isso.
Depois de mais um bocado ao computador, agarrei na lixívia e na escova de dentes e fui esfregar as juntas do chão da cozinha. A massa é suposto ser cinzenta mas está quase preta. A limpeza dá trabalho mas funciona.

Quando o Pedro saiu para o Kung Fu, consegui finalmente ir brincar com o portátil durante um bocado. Estive a jogar paciências e a experimentar o programa de base de dados.
Para fazer outras coisas tenho que copiar uns ficheiros do PC. Mas vai dar jeito ter isto para a semana, quando formos para Melides. Pelo menos posso escrever o diário. Se bem que os dias vão ser todos 'passei o dia à beira da piscina a ler. Dei um ou dois mergulhos. Li mais um bocado.' Nada de muito emocionante, se tiver sorte :)

Quando o Pedro chegou, jantámos e vimos dois episódios do Fawlty Towers, acabando assim a série 1.
Aquilo é mesmo irritante. É o mais longe de uma actividade calmante que consigo imaginar. E acho que é ainda pior quando já se viu e se sabe o que vai acontecer a seguir :)
Ainda comecei a ler mais uma história do Neil Gaiman mas não consegui acabar. Andar a pintar e esfregar o chão consumiu a minha energia.
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