11 de Janeiro, sexta |
Fomos novamente para Setúbal mas no caminho aconteceu-nos algo de muito estranho.
Estavamos a sair do centro sul, que é sempre uma certa confusão, e um dos carros começou a encostar-se perigosamente à nossa direita. Eu olhei e o condutor estava com uma cara perfeitamente normal, a fumar um cigarro, como se abalroar carros fosse parte da condução normal. Consegui conter a vontade de enfiar a cabeça fora do carro e insultar o tipo.
O carro à nossa frente não era melhor. Sem mais nem menos atirou uma garrafa de plástico da janela para o meio da estrada. Grande sinal de civismo.
Começámos a virar para Setúbal mas o carro da frente virou também. O outro, que se tinha encostado, voltou a fazer o mesmo, mas desta vez do lado do condutor. Eventualmente passou por nós e ficou lado a lado com o carro da frente. De repente reparei que tinha a porta do lado do passageiro aberta. Comecei a pensar, este tipo é mesmo loco, está a pensar saltar para o meio da estrada?
E foi o que aconteceu. O carro parou, assim como uma carrinha que ia à frente do tipo que tinha atirado a garrafa, e conseguentemente, nós tivemos que parar também. Sairam da carrinha e do carro que se tinha encostado uma cambada de tipos armados e obrigaram o condutor do carro que estava à nossa frente a sair do carro e deitar-se na estrada. Tinha um certo mau aspecto, diga-se, de camisa aberta e fios de ouro ao pescoço. No meio da incredulidade total, deu para perceber que os tipos armados seriam polícias e pouco mais. Mandaram-nos avançar finalmente e continuaram o seu trabalho.
É que foi mesmo à filme - até o pormenor de deitar a garrafa para o meio da estrada como forma subtil de sinalizar que aquele era o 'mau'. Enfim. O Pedro não parava de comentar que nunca tinha visto tantas armas juntas e eu divertia-me a perguntar se aquilo tudo seria por causa da garrafa de àgua.
Acho que daqui para a frente vou pensar duas vezes quando me apetecer insultar um condutor. Nunca se sabe. Pode andar armado...
Não há dúvida que foi um começo estranho para o dia.
Passei o resto do dia a recortar imagens - chegaram mais de 500, o que dá um certo trabalhinho.
Cheguei ao fim do dia cheia de dor de costas.
À hoa de almoço fui aproveitar os saldos da Undercolor e comprei uns sotiens - deram-me no Natal conjuntos de cuecas e camisola interior mas nada de sotiens. E eu até tinha posto o número na wish list, mas acho que as pessoas ficam sempre com medo de comprar uma coisa que não sirva. Comprei um vermelho, um verde e um branco. Já não tinham em preto.
Quando cheguei a casa tive que ir mudar o caixote dos gatos e deitar lixo fora e depois fomos jantar e ver o ER - que esta semana deu na quinta em vez da sexta, mas felizmente o pai do Pedro tinha-nos avisado e pusemos a gravar. |
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