24 de Dezembro, domingo |
O dia 24 passou a ser, para nós, o verdadeiro dia de Natal.
Comecei por embrulhar as últimas coisas e depois não resisti a arrumar um bocado a casa antes de sair. Mudei o caixote dos gatos, pus a loiça na máquina e deitei montes de lixo fora. Só depois é que me fui vestir, o que num dia destes ainda demora um bocado, e depois saímos para fazer a distribuição inicial de prendas. Fomos largar parte dos sacos a casa dos meus sogros e seguimos para Palmela. O tempo não ajudou nada. Estava a chover bastante e não se via nada - em parte devido ao vidro que está cheio de resina que as árvores largam nos carros que se arriscam a estacionar por baixo delas.
Chegámos às seis e meia. O meu avô ainda estava a acabar de jantar e o bacalhau estava a ir para o forno.
Depois de uma discussão algo irrelevante sobre as eleições americanas, saímos finalmente. Levei uma taça de baba de camelo que estava particularmente líquida e tive que ir com muito cuidado para não entornar aquilo no carro todo. Quando chegámos a casa dos meus tios estava a chover novamente e apanhámos uma grande molha durante o transporte dos variados sacos e comida.
Depois foi o costume. Falar a toda a gente, cumprimentar as pessoas que ainda não conhecia, como o irmão da minha tia e respectiva família, levar um cumprimento algo agressivo da sogra do meu primo (deve-lhe ter ficado atravassado o facto de ter saído mais cedo do casamento da filha), enfim, aquela habitual mistura de coisas agradáveis e desagradáveis que formam as reuniões familiares. Desta vez colocaram diversos sacos em cima do piano para ter a certeza que eu não incomodava ninguém, por isso o resto da noite correu normalmente.
Jantámos e depois distribuímos as prendas. Desta vez a tarefa coube ao meu pai, vestido de Pai Natal para entreter a criança e cuja foto deverá estar disponível brevemente :)
Ficou tudo despachado às onze da noite, o que foi perfeito porque ainda tínhamos a segunda dose, que normalmente demora muito mais tempo.
Voltámos a enfiar-nos no carro e regressámos a Almada. Já estava toda a gente desesperada para começar e por isso passámos imediatamente à acção. O Pedro atirou-se às sandes.
Acabou a distribuição das prendas às 3 da manhã, ou seja, 3 horas depois de ter começado. Toda a gente se pirou muito rapidamente e eu estava completamente a morrer de sono e sem vontade nenhuma de carregar com aqueles sacos todos. Foram necessárias 3 viagens escada acima a cada um de nós para levar tudo para casa.
Deitámo-nos por volta das quatro da manhã. Acho que mesmo assim foi mais cedo do que no ano passado. |
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